It's a Boy!

Desde que descobri a gravidez, me surgiu variações extremas de sentimentos. Não era planejada, esperada. Me olhei no espelho e vi uma menina de 18 anos, prestes a entrar na faculdade e a realizar milhões de objetivos de vida, antes de gerar outra vida. Eu não conseguia acreditar que tinha alguém ali na minha barriga, é louco demais! Já convivi com várias gestantes e não só convivi, acompanhei através de vídeos e blogs a gestação de várias. Talvez seja por isso que meu instinto materno seja forte, sempre adorei cuidar de crianças, dar comida, dar banho, brincar. Mas é totalmente diferente agora.

Agora, a criança é minha. Será totalmente minha - e do pai, ráaaa! - a responsabilidade de "o bebê ta com fome!", "precisa trocar a fralda suja" entre outras mil, que eu ainda irei conhecer.

Eu descobri a gestação um pouco tarde que o de costume das outras mulheres. Assim que houve o atraso, eu tinha feito teste e exame... Ambos negativos! Deixei pra lá e segui com minha vida, aliás, deu negativo e agora é foco total na faculdade. Eu começaria no primeiro semestre de 2016 e a faculdade é em BH, outra cidade. Então desde outubro, SIM, OUTUBRO! Que eu tava com a cabeça em outro mundo, preocupações com várias outras coisas alem de um atraso que pra mim não era gravidez.

Sim, senti algumas coisas que você só vai reparar depois de ter certeza da gestação. Como as azias, cabelo oleoso, roupas não servindo em lugares que antes era totalmente de boa, fome, sono... Até que chegou em um momento que não deu mais, eu senti que aquilo tava acontecendo comigo, eu sabia que tinha outro coraçãozinho batendo dentro de mim além do meu, mas eu me cegava naquele dilema "nunca vai acontecer comigo, é coisa da minha cabeça!".

Eu comecei a sentir mexer, mas como minha médica disse: - Aposto que achou que era gases, né?. Sim, você imagina tudo... Menos um bebê mexendo na sua barriga. Foi ai então que eu resolvi fazer um exame de sangue novamente e pá! Tava la o POSITIVO (em negrito meixxxxmo!). Na hora você pensa milhões de coisas, milhões mesmo. O pai, coitado, ficou na mesma que eu! O pior de tudo, nem era a preocupação com a nossa vida e sim a reação dos nossos pais e familiares. E pra nossa surpresa, não poderíamos ter uma família melhor que a nossa. Já teve a mesma situação tanto na família dele, quanto na minha e talvez seja por isso a compreensão conosco naquele momento e o apoio total.

Foi em questão de segundos pra pensarem em roupinhas e já imaginarem até o batizado e claro que já deu briga por isso! hahaha. Como descobri um pouco tarde, assim no primeiro ultrassom já descobrimos o sexo e ai que para a surpresa dos ansiosos que falavam "essa barriga é de menina", aqui dentro tem um serzinho mais lindo do mundo que se chama Théo. Eu já sentia que era um boy, apesar de não palpitar muito, eu sentia que era... Essas coisas de mãe, né?

Agora sim, depois do ultrassom, de ver a minha barriga crescer de um dia pro outro, de sentir cada vez mais forte os chutes, a minha ficha caiu: EU VOU SER MÃE! De uma menina de 18 anos a uma mulher de 18 anos e com toda a certeza do mundo, coisa que não parece mudar, muda. Agora não é só eu ou eu e Pedro. Agora é eu, Pedro e Théo. E depois de tudo que se passou, não existe um sentimento melhor que esse, de ter certeza do amor e do que ele é capaz.

Eu agradeço a Deus todos os dias pelo que ele faz na minha vida, porque ele escreve certo por linhas tortas e disso eu sempre terei certeza e fé! Eu sou grata, muito, muito, muito grata.